Preconceito
- giselle chassot Lago
- 2 de fev. de 2023
- 1 min de leitura

Tenho que admitir que eu DETESTO que as pessoas percebam e me sinto incomodada quando alguém pergunta se eu estou bem. Sim, eu também tenho preconceito. Não gosto de parecer frágil. Quem tem qualquer doença crônica, especialmente quando o nome começa com “Síndrome” já encara preconceito demais. Então, apelidei a disautonomia de menopausa e sigo em frente. É menos desagradável.
À noite, minhas articulações saem do lugar, provocando dor, incômodo e insônia. Por isso, eu preciso de mais horas de sono (que nem sempre são de sono, mesmo). Não consigo ficar muito tempo no mesmo lugar, não posso fazer alongamento, sob pena de me ‘desconjuntar” e, se você for andar comigo, é possível que se aborreça com a minha necessidade de me sentar e beber água de tempos em tempos.
Essa sou eu. E estou aqui para te falar de mim e de milhares de outras pessoas com sintomas parecidos. Sim, parecidos, porque nenhum portador de Ehler-Danlos é igual ao outro. Por isso, inclusive, somos chamados de zebras. Não há duas zebras no mundo com listas idênticas. Não há um Ehler-Danlos igual ao outro. Seja bem-vindo ao meu universo. E às dores e delícias que me fazem ser o que eu sou.
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